“Nada acontece por acaso”, me disseste - crês que haja algum determinismo então, pra tudo que acontece, uma razão? - Se é assim, não tenho culpa de querer-te...
Foi o Destino, que em meu coração, plantou a semente deste sentimento, que, independente de consentimento, agora eclode em forma de paixão.
Mas que é, também, um terno bem-querer, e um constante desejo de te ver, ainda que seja apenas como amigo...
Mas, se não existe reciprocidade, por que razão, com qual finalidade, o Destino aprontou assim comigo!?
Esta paixão tão louca que me inspiras, tão insensata e despropositada, está abalando as minhas estruturas, e fazendo ruir minhas barreiras, deixando-me indefesa e assustada...
Não devo te querer, eu sei, mas eu te quero, (coisas do coração... libido... quem explica?!) - de que vale a razão perante a natureza, quando esta se impõe, infrene, irracional?!
Como impedir que, à noite, estejas nos meus sonhos, e todo dia, nos meus pensamentos; que minha boca anseie por teu beijo, quando, fraternalmente, beijas o meu rosto?!
Como dizer aos meus hormônios que não devo arrepiar-me ao teu mais leve toque, e ao coração, que não se descontrole, para que não percebas o que sinto?
Bem que tentei... foi vão o meu intento... Não sei mais que fazer... me rendo... estou vencida - melhor deixar a vida entregue à própria vida - e o que tiver que ser será – talvez já esteja escrito...
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"O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente"...
(Fernando Pessoa)
Quem me dera encontrar o verso puro, /O verso altivo e forte, estranho e duro, /Que dissesse a chorar isto que sinto!" (Florbela Espanca do soneto "Tortura")
Sou minhas esperanças e minhas frustrações... Sou minhas saudades, e minhas lembranças...
Sou realidade... Sou fantasia... Sou pranto... Sou alegria... Fracassos... Realizações...
Sou razão e coração, maturidade e adolescência; sou bom senso e sou paixão; equilíbrio, insensatez, e, as vezes, também criança!
Sou transformação constante, sou caminho, sou procura, sou ânsia de conhecer, de saber cada vez mais pra ver se um dia descubro quem, realmente, sou eu.
(Eloah Borda - D.A.Reservados)
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Na gaiola - poetrix
Do pássaro preso, as asas tristes, sonham amplidão.
(Eloah Borda - D.A. reservados)
Divagando - poetrix
na varanda olho o céu sonho estrelas...
(Eloah Borda - D.A.Reservados)
Em ruínas - poetrix
meu castelo de sonhos onde habitavas jaz...
(Eloah Borda – D.A.Reservados)
Brincadeirinha filosófica...
Eu sou, logo existo, se sei que existo, eu penso, "se penso, logo existo" e se existo, eu sou, e se sou, logo existo... Heureca! Já sei!... - Sou um círculo vicioso!