terça-feira, abril 29, 2008

Aos Trancos e Barrancos


AOS TRANCOS E BARRANCOS
(Eloah Borda)

Meu coração é um louco, inconseqüente,
não tem noção de tempo nem de idade,
- se apaixona com tal intensidade,
como se fora ainda adolescente!

Minha razão, coitada, certamente,
de tudo faz pra impor sua vontade.
Que vão intento! Controlar, quem há de,
as emoções de um coração ardente?!

Se a razão diz: - Já tens cabelos brancos!
Já o coração me grita a cada pulso:
- A natureza para amar me fez!

E assim eu vou, aos trancos e barrancos,
a debater-me entre o bom senso insulso,
e a deliciosa e louca insensatez!

(D.A.Reservados).

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo soneto! Sua sensibilidade e espontaneidade fazem-me lembrar Florbela Espanca.
Abraço.


Um poeta... Simplesmente.