terça-feira, abril 29, 2008

Por que?!


Por que?!...
(Eloah Borda)

“Nada acontece por acaso”, me disseste
- crês que haja algum determinismo então,
pra tudo que acontece, uma razão?
- Se é assim, não tenho culpa de querer-te...

Foi o Destino, que em meu coração,
plantou a semente deste sentimento,
que, independente de consentimento,
agora eclode em forma de paixão.

Mas que é, também, um terno bem-querer,
e um constante desejo de te ver,
ainda que seja apenas como amigo...

Mas, se não existe reciprocidade,
por que razão, com qual finalidade,
o Destino aprontou assim comigo!?

(D.A.Reservados)

O que tiver que ser


O que tiver que ser
(Eloah Borda)

Esta paixão tão louca que me inspiras,
tão insensata e despropositada,
está abalando as minhas estruturas,
e fazendo ruir minhas barreiras,
deixando-me indefesa e assustada...

Não devo te querer, eu sei, mas eu te quero,
(coisas do coração... libido... quem explica?!)
- de que vale a razão perante a natureza,
quando esta se impõe, infrene, irracional?!

Como impedir que, à noite, estejas nos meus sonhos,
e todo dia, nos meus pensamentos;
que minha boca anseie por teu beijo,
quando, fraternalmente, beijas o meu rosto?!

Como dizer aos meus hormônios que não devo
arrepiar-me ao teu mais leve toque,
e ao coração, que não se descontrole,
para que não percebas o que sinto?

Bem que tentei... foi vão o meu intento...
Não sei mais que fazer... me rendo... estou vencida
- melhor deixar a vida entregue à própria vida -
e o que tiver que ser será – talvez já esteja escrito...

(D.A.Reservados)

Aos Trancos e Barrancos


AOS TRANCOS E BARRANCOS
(Eloah Borda)

Meu coração é um louco, inconseqüente,
não tem noção de tempo nem de idade,
- se apaixona com tal intensidade,
como se fora ainda adolescente!

Minha razão, coitada, certamente,
de tudo faz pra impor sua vontade.
Que vão intento! Controlar, quem há de,
as emoções de um coração ardente?!

Se a razão diz: - Já tens cabelos brancos!
Já o coração me grita a cada pulso:
- A natureza para amar me fez!

E assim eu vou, aos trancos e barrancos,
a debater-me entre o bom senso insulso,
e a deliciosa e louca insensatez!

(D.A.Reservados).