sábado, maio 31, 2008

quinta-feira, maio 29, 2008

O Riacho


O RIACHO
(Eloah Borda)

Rumorando feliz, entre a verde folhagem,
ziguezagueando vai o alegre riachinho,
a refletir o azul (entre as nuvens de arminho)
de um céu primaveril, e o verdor da ramagem.

Mas nem tudo é beleza em sua longa viagem,
da nascente ao chegar ao final do caminho,
pra no rio desaguar - pois o efeito daninho,
da humana insensatez, encontra em sua passagem:

- a contaminação por lixo, pesticidas,
e substâncias letais para o ciclo da vida,
a se desenvolver apenas no seu orto;

porque, pelo caminho, a vida vai-se embora,
e do ledo riachinho, então, só resta agora,
tristonho, a se arrastar, um riacho quase morto...

(D.A.Reservados)

domingo, maio 25, 2008

Meu Violão


MEU VIOLÃO
(Eloah Borda)

Só você meu violão
sabe dos meus sentimentos,
das alegrias e dores
que trago dentro do peito;
sabe dos meus dissabores,
alegrias e temores,
e das horas de solidão.

Só você meu violão
sorri e chora comigo
- entre nós não há segredos,
você sabe dos meus medos,
meus sonhos, minha paixão.

Só pra você eu desnudo
minh’alma, minha emoção,
suas cordas são afinadas
no tom do meu coração.

(D.A.Reservados)

GUITARRA MÍA

Sólo tú, guitarra mía,
sabes de mis sentimientos,
alegrías y dolores
que llevo dentro del pecho.
Sabes de mis sinsabores,
esperanzas y temores,
y de las y de las horas
de soledad.

Sólo tú, guitarra mía,
sonreís y lloras conmigo,
- entre tú y yo no hay secretos,
sabes muy bien de mis miedos,
mis sueños y mi pasión.

Sólo para ti desnudo
mi alma, mi emoción
- tus cuerdas son afinadas
en el tono de mi corazón.

((D.A.Reservados)

sexta-feira, maio 23, 2008

quinta-feira, maio 22, 2008

Intro-Versos


INTRO-VERSOS
(Eloah Borda)

Meu mundo interior exponho nos meus versos
- minha alma decomposta em letras - meu avesso –
mágoas de um coração romântico (e travesso),
momentos, bons ou maus, que em poemas são conversos.

E se há contradições, às vezes, nos meus versos,
é que contraditória eu mesma sou, é o preço
de ter alma de poeta, é o mal de que padeço
- poetas são assim, instáveis, controversos...

E de poema em poema, eu vou me desnudando,
abrindo o coração, em versos transformando
sonhos, desilusões, amores, dores, medos,

saudades, solidão, desesperanças minhas
- e às vezes revelando ainda em entrelinhas,
a alguém em especial, alguns dos meus segredos...

(D.A.Registrados)

sábado, maio 17, 2008

Vem


VEM

Dá-me tuas mãos... Assim... Vem, por favor,
deixa que eu te aconchegue no meu peito,
esquece os teus problemas, neste leito,
entre nos dois somente cabe o amor...

O que te aflige, seja lá o que for,
deixa pra lá... Amanhã dá-se um jeito...
Olha a janela... Esse luar foi feito
pra iluminar uma noite de amor!

Vem, meu querido... Este quarto agora,
é o nosso mundo e nada mais importa,
além de nós e esse luar lá fora!

Vem... Eu sou tua... Toma-me em teus braços
- esquece o mundo além daquela porta,
e acalma, no meu corpo, os teus cansaços.

(Eloah Borda - D.A.Reservados)

terça-feira, maio 13, 2008

Soneto à Lua


SONETO À LUA
(Eloah Borda)

Plácida lua que na imensidão
do céu passeias, linda, resplendente,
nem ouves deste pobre coração,
tão solitário, o suspirar plangente.

Ah, se soubesses, lua, a solidão
que há neste peito meu, de amor carente,
talvez por mim tivesses compaixão,
não te mostrando, assim, indiferente.

Ao ver-te tão sem dó, distante e fria,
lembro de mim, num tempo de loucura,
de quando era feliz e nem sabia.

Agora eu choro o amor que foi tão meu
- e a dor, ainda maior, que me tortura,
é saber que quem disse adeus, fui eu...

(D.A.Reservados)

sábado, maio 03, 2008

Caminhando Só


CAMINHANDO SÓ
(Eloah Borda)

Pelas calçadas, caminhando só,
vejo passar, por mim, a multidão:
são tantos rostos, tantos, que se vão!...
- E eu continuo caminhando só.

Quantas histórias em um dia só,
no anonimato dessa multidão,
pelas calçadas passam, e se vão,
enquanto eu vou caminhando só!...

E para esses rostos que se vão,
eu hei de ser, também, um rosto só,
um rosto a mais em meio à multidão.

Só mais um rosto, amor, um rosto só,
a procurar o teu na multidão,
em meio à qual vou caminhando só...

(D.A.Reservados)