terça-feira, abril 29, 2008

O que tiver que ser


O que tiver que ser
(Eloah Borda)

Esta paixão tão louca que me inspiras,
tão insensata e despropositada,
está abalando as minhas estruturas,
e fazendo ruir minhas barreiras,
deixando-me indefesa e assustada...

Não devo te querer, eu sei, mas eu te quero,
(coisas do coração... libido... quem explica?!)
- de que vale a razão perante a natureza,
quando esta se impõe, infrene, irracional?!

Como impedir que, à noite, estejas nos meus sonhos,
e todo dia, nos meus pensamentos;
que minha boca anseie por teu beijo,
quando, fraternalmente, beijas o meu rosto?!

Como dizer aos meus hormônios que não devo
arrepiar-me ao teu mais leve toque,
e ao coração, que não se descontrole,
para que não percebas o que sinto?

Bem que tentei... foi vão o meu intento...
Não sei mais que fazer... me rendo... estou vencida
- melhor deixar a vida entregue à própria vida -
e o que tiver que ser será – talvez já esteja escrito...

(D.A.Reservados)

Um comentário:

Anônimo disse...

Caríssima poetisa, teho visitado seu blog seguidamente, e estou me apaixonando cada vez mais por sua poesia - pela foto você parece ser uma linda mulher, mas seu mundo interior é ainda mais lindo, e riquíssimo! Já li no orkut, e num comentário de um soneto seu no blog "sonetos e rabiscos", que é uma sonetista fantástica, concordo, seus sonetos são lindos e perfeitos, mas seus versos livres também são maravilhosos, como este poema "O que tiver que ser" e tantos outros. Quando publicar seu livro (não desita desse projeto), saiba que estarei no lançamento, onde quer que o faça, para adquirir um exemplar e conhecê-la pessoalmente, quando então me identificarei. Por enquanto, apenas seu admirador e amigo virtual
Um poeta.